A segunda fase da reforma tributária, que se concentra em temas como renda e patrimônio, será
um dos tópicos mais polêmicos e desafiadores da agenda econômica brasileira em 2025. Embora a
reforma já tenha gerado controvérsias desde a sua primeira etapa, o debate sobre a tributação
progressiva e a forma de distribuir os recursos no país promete ser ainda mais acirrado.
O sistema tributário brasileiro é caracterizado por uma carga tributária alta, mas com uma
distribuição de renda extremamente desigual. Essa disparidade, em parte, é alimentada por um
modelo de tributação regressiva, onde todos pagam de forma semelhante, independentemente de
sua capacidade financeira. Tributos sobre o consumo, como o ICMS e o IPI, são exemplos desse
tipo de tributação, onde os mais pobres acabam arcando com uma parte significativa da carga
tributária, enquanto os mais ricos pagam proporcionalmente menos.
No entanto, a reforma tributária proposta para 2025 busca reverter esse quadro ao fortalecer a
tributação progressiva. O Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) será um dos maiores focos
dessa mudança. O objetivo é que aqueles que têm maior capacidade de contribuição paguem mais
impostos, respeitando a capacidade contributiva de cada indivíduo. Isso significa que, enquanto a
classe mais rica contribuirá com uma porcentagem maior de sua renda, as camadas mais pobres
terão um alívio tributário.
Apesar da necessidade dessa mudança, a resistência de setores econômicos mais poderosos é
grande. A segunda fase da reforma deve mexer com os interesses daqueles que mais lucram com o
atual modelo tributário, gerando um embate entre a necessidade de justiça fiscal e os interesses
de grupos que têm mais poder de influência política. A questão central será garantir que a reforma
consiga diminuir a enorme desigualdade social que ainda marca a sociedade brasileira, onde os 1%
mais ricos detêm uma concentração de renda impressionante em comparação com os 5% mais
pobres.
Dica da Nanc Contabilidade: Agora é o momento perfeito para revisar se a sua contabilidade está
acompanhando as mudanças de forma correta. É importante verificar com seu contador se ele está
alinhado com as novas regras da reforma tributária que entram em vigor em 2025, principalmente
no que diz respeito ao Imposto de Renda e outros ajustes fiscais. Manter tudo em conformidade
pode evitar surpresas no futuro e garantir que sua empresa ou sua pessoa física não pague mais do
que o necessário, além de evitar problemas com o fisco.