Contribuição única para aposentadoria do INSS pode acabar; entenda texto aprovado

Projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados derruba brecha da reforma da Previdência de 2019 e acaba com aposentadoria com contribuição única.

O governo federal estuda uma forma de derrubar, no Congresso, uma brecha legal aprovada na Reforma Previdenciária de 2019 que possibilita usar uma única contribuição previdenciária, em valor alto, no cálculo da aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para se aposentar com um benefício maior.

aposentadoria com contribuição única pode chegar ao fim com o projeto de lei 4.491/2021, aprovado pela Câmara na terça-feira (15), que trata de perícias médicas do INSS.

No texto aprovado pelos deputados, o pagamento de perícia será feito pelo segurado que perder a ação na Justiça contra o INSS. Além disso, incluíram o “jabuti” contra a contribuição única na lei. Com isso, o projeto volta para o Senado.

Contribuição única para aposentadoria

O texto altera mudança introduzida pela reforma da Previdência de 2019, que criou a possibilidade de o trabalhador descartar, no cálculo da aposentadoria, quantas contribuições sejam necessárias para a ampliação da média salarial sobre a qual o benefício será calculado.

Isso só ocorre, porém, se o segurado tiver o número mínimo de pagamentos exigidos para pedir o benefício, que é de 180 contribuições, e desde que as contribuições descartadas não sejam utilizadas nem no INSS nem em outro regime previdenciário.

Um exemplo de aposentadoria com uma única contribuição seria a do trabalhador que tenha completado 15 anos de contribuição antes de julho de 1994 e atualmente já tenha atingido a idade mínima exigida.

Se ele tiver mais seis contribuições pagas em reais, com valores menores, e uma contribuição pelo teto do INSS (R$ 6.433,57 em 2021), poderia descartar esses seis pagamentos e usar como referência para o cálculo só a contribuição pelo teto.

O perfil que se encaixa seria de segurados que recolheram contribuições antes de julho de 1994, já têm os 15 anos de carência e não têm muitos pagamentos depois do início do Plano Real.

O projeto de lei 4.491/2021, entretanto, cria um divisor mínimo de 108 meses no cálculo da aposentadoria dos segurados filiados à Previdência Social até julho de 1994. A regra não valerá para a aposentadoria por incapacidade permanente, antiga aposentadoria por invalidez.

Roberto de Carvalho Santos, presidente do Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), explica que o que vai ocorrer é a volta do divisor mínimo, que até 13 de novembro de 2019 era utilizado no cálculo de quem tinha poucos pagamentos a partir de julho de 1994.

“Não se trata de algo ilegal [o uso da contribuição única], mas não é algo que dê sustentabilidade para o sistema”, afirma o advogado, sobre o projeto atual.

O divisor considerava a quantidade de meses existentes entre julho de 1994 e a data do pedido da aposentadoria. Quem tinha poucos pagamentos em reais poderia acabar recebendo o salário mínimo.

De acordo com o advogado Rômulo Saraiva, especialista em Previdência e colunista da Folha, o discurso do governo é de que a brecha da contribuição única seria uma “invenção” dos advogados para poder burlar o sistema.

“Na realidade, existe uma literalidade da própria emenda 103, houve uma técnica, uma redação. Eles [legisladores] colocaram essa responsabilidade nos advogados, mas o texto da emenda 103 é de uma clareza significativa. Agora, querem fazer esse ‘remédio’ por meio desse projeto de lei”, diz.

Já para Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), a contribuição única foi um erro da emenda 103. “Não tem nada ilegal, está lá, na lei, mas fere a questão da solidariedade. Não dá para a gente defender que a contribuição única estaria certa”, diz.

Desde abril do ano passado, nota técnica do INSS orienta que não sejam concedidas aposentadorias utilizando a regra da contribuição mínima, que consta na lei. No documento interno, o órgão recomenda a suspensão dos benefícios até que haja manifestação da procuradoria federal.

Na época, o instituto afirmou na nota que a concessão de benefícios nessas circunstâncias viola princípios do equilíbrio financeiro e atuarial do sistema previdenciário, caracterizando abuso de direito e enriquecimento sem causa.

Para os especialistas, porém, a lei deve ser respeitada até que seja modificada. “Enquanto o projeto de lei não passar a ter sua vigência —ele precisa ser ratificado no Senado e precisa efetivamente adentrar no mundo jurídico— existe a possibilidade de as pessoas pagarem suas contribuições e ter oportunidade de se aposentar com essa regra”, afirma Saraiva.

“O INSS demonstrou, com a nota técnica, que não estaria respeitando essa ‘brecha’. A recomendação é que a pessoa pague, se quiser, valor maior, peça o benefício, o INSS certamente vai conceder um valor menor e, posteriormente, busque uma revisão por ter exercido seu direito na vigência da lei”, orienta.

Fonte: com informações da Folha de S.Paulo

Calendário Fiscal 2022: todas as obrigações fiscais em um único lugar

Calendário fiscal da Arquivei facilita a prestação de contas com o Fisco.

Uma das tarefas mais importantes de uma empresa é prestar contas com o Fisco, visando manter as responsabilidades fiscais, tributárias e contábeis sempre em dia para evitar multas e outras diversas complicações.

São várias declarações e documentos obrigatórios a serem apresentados ao longo do ano e fica difícil lembrar e memorizar todos os prazos e datas.

É importante ter em mente que as obrigações podem ter mudanças de cronograma por imprevistos urgentes, como a aprovação de novas sanções, por exemplo.

Sendo assim, é essencial acompanhar e se atualizar todo o mês sobre o que está acontecendo para evitar surpresas indesejáveis.

Calendário Fiscal Março/2022

Próximas entregas

Confira as próximas obrigações fiscais do mês de março no Calendário Fiscal 2022 da Arquivei e aproveite também para sincronizar todas as datas com o seu Google Agenda.

As datas são sempre atualizadas automaticamente no início de cada mês.

Inflação acelera em fevereiro e impacta todas as faixas de renda

As famílias com renda mais elevada tiveram maior impacto da inflação no segundo mês do ano.

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, instituto vinculado ao Ministério da Economia, apontou uma aceleração inflacionária no mês de fevereiro deste ano para todas as faixas de renda no país.

No período analisado, as famílias com renda mais elevada sentiram que foram as mais afetadas com a inflação e registraram a maior alta, passando de 0,34% em janeiro para 1,07% em fevereiro.

Divulgado na última quarta-feira (16), o estudo mostrou que as famílias de renda média-baixa tiveram a menor taxa de inflação no mês, com apenas 0,93%.

Analisando o acumulado dos últimos 12 meses, as famílias de renda muito baixa foram as mais impactadas, possuindo a maior alta inflacionária, atingindo a taxa de 10,9%.

Responsáveis pelo aumento inflacionário

Em fevereiro, o aumento da inflação foi puxado pela elevação nos preços dos grupos de alimentos e bebidas, principal responsável pela pressão inflacionária das famílias de baixa renda.

Segundo o Ipea, o impacto da inflação veio de uma outra fonte para famílias de renda mais alta, puxada pelo reajuste das mensalidades escolares e cursos extracurriculares.

Para famílias de renda alta (maior que R$17.764,49), os reajustes nos transportes por aplicativo, escolares e pacotes de viagem foram os pontos de pressão inflacionários.

“Embora as principais altas estejam concentradas nos grupos alimentação e educação, houve um aumento de preços mais generalizado em fevereiro, tendo em vista que todos os grupos exerceram uma pressão altista em todos os segmentos de renda”, afirmou em nota a pesquisadora do Ipea e autora do indicador, Maria Andréia Parente Lameiras.

Em comparação a 2021, as famílias das faixas de renda média e média-alta tiveram estabilidade, já as demais classes estão sendo impactadas pela aceleração da inflação neste ano.

CNIS: integração de eventos do eSocial estão paralisados temporariamente

A paralisação, que tem como objetivo processar eventos retidos no CNIS, começa nesta segunda-feira (21).

 

A integração de eventos do Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) será paralisada no período de 00h01 desta segunda-feira (21) até as 8h00 de sexta-feira (25).

O objetivo é realizar o processamento de eventos de algumas empresas que ainda não foram integradas na base do CNIS.

CNIS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) , por meio da Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev), recepciona e processa os eventos do ambiente nacional do eSocial, a fim de alimentar o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).

Neste processo, podem ocorrer inconsistências que impeçam que alguns eventos sejam integrados no CNIS.

Com isso, o INSS e a Dataprev identificaram a necessidade de parar a integração on-line para processar esses eventos retidos de alguns empregadores. A medida visa evitar o risco de processamento desordenado de eventos.

Caso não seja possível concluir a liberação de todos os eventos retidos, novas paradas na integração com o CNIS poderão ser necessárias, mas serão comunicadas.

Transmissão para o CNIS

Após concluída a manutenção, os eventos que foram transmitidos durante o período da parada serão incorporados à base do CNIS automaticamente, não sendo necessária qualquer intervenção pelos usuários.

Todos os sistemas integrados com o CNIS, ou que usam as informações constantes da base CNIS, ficarão temporariamente sem atualização e não refletirão novos eventos informados no eSocial, até a conclusão desse procedimento.

Com informações do Gov.br

São Paulo acaba com o uso obrigatório de máscaras em locais fechados

O governo do estado de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira (17), que não será mais obrigatório o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 em ambientes fechados. O uso, no entanto, continua sendo obrigatório em unidades de saúde e no transporte público.

O anúncio foi feito pelo governador João Doria nas redes sociais. “Finalmente sem máscaras! Acabo de assinar decreto que libera imediatamente o uso de máscaras em locais fechados em SP. O avanço da vacinação e a queda nas internações e óbitos permitem esta medida”, escreveu Doria.

Falsa guia de pagamento do DAS têm enganado contribuintes

Golpistas estão enviando guias de pagamento do DAS por correspondência com ameaça de multa de até 225%.

A Receita Federal divulgou um alerta aos contribuintes do Simples Nacional. Golpistas estão enviando uma guia de pagamento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) por correspondência.

Na guia, constam elementos conhecidos como a logomarca oficial do Simples e termos técnicos para tentar dar veracidade ao documento falso.

Com ameaça de multa altíssima de até 225% sobre o valor cobrado, os golpistas tentam pressionar as possíveis vítimas para que paguem as suas pendências, conforme mostra a imagem abaixo:

A única opção para realizar o pagamento é pelo Pix, ferramenta de pagamento instantâneo do Banco Central.

O sistema direciona o pagamento para uma empresa privada denominada SIMPLES PAGAMENTO ONLINE LTDA.

A Receita Federal alerta que os contribuintes devem verificar os pagamentos pendentes e as dívidas em aberto sempre nos sites oficiais dos órgãos públicos.

No caso do Simples Nacional, as pendências podem ser consultadas no portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal em gov.br/receitafederal, ou no Portal do Simples Nacional, em www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional.

Como evitar erros na declaração do Imposto de Renda

Especialista aconselha boa organização de documentos e transparência.

Seja por falta de atenção, por erro ou por falta de documentos, uma das obrigações mais tradicionais do brasileiro pode acabar em dor de cabeça. Em vez de receber restituição, o contribuinte pode ser obrigado a refazer a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física e a prestar contas adicionais ao Fisco. Nos piores casos, a Receita Federal pode cobrar uma multa de até 75% do imposto devido.

Com o prazo de entrega, que começa nesta segunda-feira (7) e vai até 29 de abril, a Declaração do Imposto de Renda exige cuidados. No ano passado, 869,3 mil contribuintes caíram na malha fina, de um universo de 36,8 milhões de declarações enviadas. O principal motivo foi a omissão de rendimentos, com 41,4% das ocorrências, seguido por falta de comprovação de dedução, responsáveis por 30,9% das declarações retidas em 2021.

Como prevenir contratempos? Segundo o advogado Edemir Marques de Oliveira, especializado em direito tributário, a antecipação na hora de juntar documentos e a transparência na prestação de informações são os principais cuidados que o contribuinte deve ter. “A primeira coisa é tentar ser o mais honesto possível com a Receita. E nessa transparência, o contribuinte deve juntar toda a documentação que puder em termos de deduções e dos rendimentos”, explica.

Entre os rendimentos mais propenso a dar problemas, diz o advogado, estão as receitas de aluguéis e os ganhos de capital na venda de imóveis. “O contribuinte deve ser organizado não apenas no momento de declarar o Imposto de Renda, mas durante todo o ano”, diz Oliveira.

Em relação às deduções, o advogado aconselha que o contribuinte exija nota fiscal e guarde todos os recibos dos gastos que podem ser deduzidos, como educação e saúde.

Dicas

Para Oliveira, a grande novidade de 2022 que pode resultar na diminuição de erros e de omissões é a declaração pré-preenchida da Receita. Nesse modelo, o contribuinte recebe um formulário com dados de declarações enviadas por empresas, instituições financeiras, imobiliárias e médicos, cabendo apenas conferir os dados. Todo o processo é feito no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC).

Até agora disponível apenas para contribuintes com certificação digital (tipo de assinatura eletrônica vendida no mercado), a declaração pré-preenchida foi ampliada neste ano. A ferramenta poderá ser usada por quem tem conta tipo prata ou ouro no Portal Gov.br. O advogado, no entanto, recomenda atenção a quem opta por esse recurso.

“O declarante deve comparar as informações com os documentos antes de confirmar os dados. Caso encontre alguma divergência, deve ajustar as informações e guardar o documento ou o recibo para eventuais esclarecimentos ao Fisco”, orienta Oliveira.

Por fim, o advogado aconselha o contribuinte a acompanhar o processamento da declaração, informado por meio do e-CAC. Caso haja problemas, deve-se enviar, o mais rápido possível, uma declaração retificadora. “A Receita oferece a oportunidade para que o contribuinte faça a autorretificação e evite ser intimado”, justifica.

Confira as principais orientações para evitar erros e omissões e cair na malha fina.

  •   Organizar documentos ao longo do ano ou pelo menos algumas semanas antes de enviar a declaração
  •   Ser transparente com a Receita Federal e informar todos os rendimentos recebidos no ano anterior, assim como comprovar todos os gastos que geram dedução
  •   Revisar a declaração antes do envio para evitar erros de preenchimento
  •   Identificar operações que não ocorrem com frequência, para evitar omissão de dados. Entre essas operações, estão compra e venda de bens acima de R$ 5 mil, que podem gerar ganhos de capital
  •   Evitar a inclusão de dependentes em duas declarações
  •   Incluir os rendimentos próprios dos dependentes, como filho que recebe pensão de ex-cônjuge
  •   Evitar inclusão de despesas médicas indedutíveis ou sem comprovação
  •   Acompanhar o processamento da declaração após a entrega e retificar dados inconsistentes ou omitidos o mais rápido possível

Fonte: Agência Brasil

Consulta de benefício do INSS pode ser feita pelo CPF

O cidadão pode consultar o pedido de benefício apenas pelo número do CPF pelo site, aplicativo ou telefone.

Os cidadãos que solicitaram algum benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como aposentadorias, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-maternidade, entre outros, já podem consultar o andamento do pedido pelo CPF.

Até então, era necessário ter um número específico para a solicitação, que era informado na carta de concessão.

Com a facilidade, o cidadão pode consultar o pedido de benefício apenas pelo número do CPF.

Consultar benefícios do INSS

A consulta do pedido de benefício do INSS pode ser feita pelo site, aplicativo, ou pelo telefone, na Central de Atendimento no número 135.

Site do INSS

  • Acesse o site do INSS;
  • Faça login;
  • Após entrar em sua conta, clique em “Meus Benefícios“;
  • Em seguida, aparecerá todos os benefícios que você solicitou. Basta selecionar aquele que deseja consultar.

Aplicativo

  • Baixe o aplicativo Meu INSS no seu celular;
  • Informe o seu CPF e clique em “Criar sua conta”;
  • Caso já tenha conta, basta clicar em “Avançar” e inserir com sua senha;

Na página inicial, você pode conferir uma lista de serviços disponíveis pelo Meu INSS. No entanto, clique em “Extrato de Pagamento” para confirmar o pagamento.

Telefone

Para verificar o benefício pelo telefone 135 do INSS, é preciso estar ciente que a opção funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.

Ao telefonar, será necessário informar o seu CPF e solicitar a informação sobre a situação do seu benefício.

É possível que o atendente peça dados adicionais ou confirme os dados que constam no cadastro e na base de informações.

A ligação pode ser feita pelo telefone fixo, sem qualquer custo adicional, ou celular com custo equivalente a uma ligação local.

Status do pedido

Após análise, o INSS poderá indeferir, deferir e/ou habilitar o benefício. Entenda o significado de cada termo.

  • Habilitado: quando o pedido ainda está sendo analisado pelo INSS;
  • Deferido: quando o benefício foi aprovado e será concedido;
  • Indeferido: no caso quando o benefício foi analisado e negado para o segurado.

Prazo INSS

Em 2022, o prazo para análise de benefícios do INSS pode variar de 30 a 90 dias, dependendo de cada caso.

Anteriormente, o prazo legal previa o limite máximo de 45 dias para a análise de todos os benefícios. No entanto, o INSS vinha descumprindo esse limite.

Essa ampliação tem o objetivo de garantir que o INSS cumpra o prazo de resposta, além de diminuir a fila de espera e o número de ações judiciais contra o instituto.

Câmara aprova projeto de lei que oferece auxílio-aluguel a vítimas de violências doméstica

O texto que propõe o auxílio-aluguel agora segue para análise e aprovação do Senado.

Na busca de oferecer condições para que as mulheres vítimas de violências domésticas possam ter maior segurança material no rompimento de relações abusivas, um novo projeto de lei que propõe um auxílio-aluguel foi aprovado na Câmara dos Deputados.

O texto aprovado nesta quarta-feira (9) permite a autorização, pela Justiça, para o pagamento de aluguéis para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar por até seis meses.

A proposta que agora segue para verificação e aprovação do Senado, deve incluir o pagamento do aluguel como uma das práticas previstas na Lei Maria da Penha.

O texto propõe que o valor seja fixado “em função da situação de vulnerabilidade social e econômica” da mulher.

A relatora do projeto, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), prevê que os recursos para o pagamento desse auxílio-aluguel virão de dotações orçamentárias do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

Segundo a relatora, dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021 indicam que o número de feminicídios ocorridos por ano, no Brasil, passou de 929 para 1.350, um aumento de 45%, no período de 2016 a 2020.

“É preciso agir urgentemente, a fim de oferecer condições materiais para que as mulheres possam ter condições de romper o ciclo de violência provocado por seus cônjuges e companheiros. Desse modo, certamente será possível reduzir o percentual de mulheres vítimas que nunca denunciam seus agressores, e que chega a 29%”, argumentou a deputada

Com informações Agência Brasil

INSS: 14º salário não deve ser pago em março

Pagamento do 14º salário do INSS ainda depende de aprovação no Congresso e sanção da Presidência da República.

O 14º salário do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) não deve ser aprovado a tempo para ser pago aos aposentados e pensionistas no mês de março.

Inicialmente, o Projeto de Lei 4367/20 previa um primeiro pagamento do 14º salário em 2020 e outro em 2021. Como os dois anos já se encerram, a proposta era pagar a primeira parcela em março de 2022 e a segunda em março de 2023.

Contudo, o texto ainda deve passar por votação no Congresso e Senado para ser aprovado. E, posteriormente, pela sanção do presidente Jair Bolsonaro.

14º salário do INSS

O 14º salário do INSS é devido aos aposentados, pensionistas e beneficiários da Previdência Social que, durante o ano, receberam auxílios diversos (por morte, doença, acidente ou reclusão).

Segundo o autor do projeto, deputado Pompeo de Mattos,  a concessão do benefício anual em dobro, ou seja, o 14° salário, visa reduzir o impacto econômico da pandemia entre os segurados da Previdência.

“Além de ser composto, em sua maioria, por pessoas de baixa renda, seus benefícios foram severamente corroídos pela inflação que assola o País desde 2020 e que também deverá ser elevada em 2021”, comentou.

Quem deve receber o 14º salário

O texto prevê o pagamento do 14º salário do INSS para os segurados que recebem os seguintes benefícios:

  • Aposentadorias;
  • Pensão por morte;
  • Benefício por incapacidade temporária (Auxílio-doença);
  • Auxílio-acidente;
  • Auxílio-reclusão.

Por outro lado, não terão direito ao abono quem já recebe os seguintes benefícios:

  • Benefício de prestação continuada (BPC);
  • Pensão mensal vitalícia;
  • Auxílio-suplementar por acidente de trabalho;
  • Amparo previdenciário por invalidez do trabalhador rural.

Valor do 14º salário

O valor do 14º salário será limitado ao valor de até dois salários mínimos, e as parcelas serão pagas no mês de março dos anos de 2022 e 2023.

Portanto, neste ano, o valor do 14º salário seria de R$ 1.212 e sofreria reajuste em 2023 conforme o piso nacional aprovado para o ano que vem.